NOVA CALIFÓRNIA RECEBE FESTCINEAMAZÔNIA ITINERANTE

Na noite desta segunda-feira, 6/12, centenas de moradores de Nova Califórnia ingressaram no mundo mágico do cinema e do circo. O afluxo de crianças, jovens e adultos à lona montada numa área central da comunidade, mostra o grau de aprovação às atividades culturais do FestiCineamazônia Itinerante.
Um público ligado na exibição dos vídeos do Festival, que mostram o caminho percorrido até aqui pelo projeto que nasceu em 2003 e cuja itinerância é realizada há três anos, consolidando a iniciativa de expansão do evento. Além da mostra do vídeo oficial do Festival, a plateia viajou no documentário Horizontes e Fronteiras, protagonizado pelo cantor e compositor portovelhense Bado, e dirigido por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis.
O público também fez coro com a dupla de cantores Júnior e Graziano, que apresentaram repertório pra não deixar ninguém quieto. Os nova-californianos aprovaram a participação especial da dupla cria da casa.
A comunidade conheceu ainda o compositor, jornalista e agitador cultural Silvio Santos – o Zé Katraca. Ele participa da itinerância entrevistando personagens pitorescos da região, colhendo histórias curiosas que resultarão na produção do filme Cine Poeira, um tributo ä memória do cineasta Victor Hugo. A título de registro, muitos moradores manifestaram o prazer de conhecer pessoalmente o Zé Katraca, que mantém a coluna Lenha na Fogueira, no jornal Diário da Amazônia.
Mas a plateia entrou em polvorosa mesmo, e especialmente a criançada, ao surgir no palco o palhaço Bicudo. Ninguém se continha com tanta brincadeira, o que arrancava fortes gargalhadas. Era o que o palhaço Bicudo, o Sérgio Bustamantes, queria. Daí até o final do espetáculo, os moradores da vila manifestaram aprovação total ao pacote de arte proporcionado pelo FestCineamazônia.
Ao final de toda a programação, era notória a satisfação do público expressada no rosto de cada um. Para a estudante Ana Kátia, 17, o Festival chega em boa hora. ‘Num momento em que se vê toda forma de violência, entre as pessoas e contra a natureza, é muito bom que vocês tragam esse ponto de reflexão. Eu confesso que aprendi outra forma de ver as pessoas e o meio ambiente, E essa palhaçada toda do Bicudo nos diz que é preciso rir e não perder a esperança’, desabafa.
Para o taxista Paulo César Vacaro, a mostra ‘representa a oportunidade de muitos jovens, quase sem opção de lazer, descobrirem que existem muitas formas saudáveis de se divertir, ao mesmo tempo em que se descobre também que precisamos saber lidar com a natureza’.
Já seu Raimundo Félix, 73, e há quase 50 em Nova Califórnia, aprova a iniciativa, mas se mostra um pouco entristecido por perceber que a boa intenção do Festival não sensibiliza a quem decide o destino do Planeta. ‘Eu não estou preocupado comigo nem com o senhor. Tenho pena é dessa gente nova, nossos filhos e netos, Aqui na nossa região, por exemplo, o clima vem se alterando a cada década. Este ano a seca deixou muitas famílias sem água pra beber. A coisa foi mais feia do que a seca de 2005. Não sei não, mas se não mudarem esse tal de manejo dos madeireiros, tudo vai virar ‘quiçassa’, porque eles têm vários meios de enganar a fiscalização, isso quando os próprios fiscais não são cúmplices da coisa’, avalia, dizendo que iniciativas como a do FestCineamazônia são fundamentais para criar novas consciências. ‘Sou analfabeto, mas presto atenção nas coisas. Acho que dinheiro é muito bom, mas é preciso ter limites, senão a gente acaba esquecendo as pessoas. Meu pai era marinheiro/ Minha mãe Mariola/ Meu pai não teve dinheiro pra me botar na escola/ Mas aprendi soletrar jaca, manga e graviola’, conclui.
Na terça-feira, 7, foi a vez de Extrema receber a itinerância do Festival; e nesta-feira, 8, serão os moradores de Vista Alegre do Abunã a prestigiarem o pacote cultural.
O FestCineamazônia itinerante 2010 é apresentado pela oi, tem o patrocínio da Petrobras e BNDES, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, apoio cultural Oi Futuro, Governo de Rondônia através da Secel, Prefeitura de Porto Velho, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Fundação Iaripuna.
Um público ligado na exibição dos vídeos do Festival, que mostram o caminho percorrido até aqui pelo projeto que nasceu em 2003 e cuja itinerância é realizada há três anos, consolidando a iniciativa de expansão do evento. Além da mostra do vídeo oficial do Festival, a plateia viajou no documentário Horizontes e Fronteiras, protagonizado pelo cantor e compositor portovelhense  Bado, e dirigido por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis.
 O público também fez coro com a dupla de cantores Júnior e Graziano, que apresentaram repertório pra não deixar ninguém quieto. Os nova-californianos aprovaram a participação especial da dupla cria da casa.
A comunidade conheceu ainda o compositor, jornalista e agitador cultural Silvio Santos – o Zé Katraca. Ele participa da itinerância entrevistando personagens pitorescos da região, colhendo histórias curiosas que resultarão na produção do filme Cine Poeira, um tributo ä memória do cineasta Victor Hugo. A título de registro, muitos moradores manifestaram o prazer de conhecer pessoalmente o Zé Katraca, que mantém a coluna Lenha na Fogueira, no jornal Diário da Amazônia.
 Mas a plateia entrou em polvorosa mesmo, e especialmente a criançada, ao surgir no palco o palhaço Bicudo. Ninguém se continha com tanta brincadeira, o que arrancava fortes gargalhadas. Era o que o palhaço Bicudo, o Sérgio Bustamantes, queria. Daí até o final do espetáculo, os moradores da vila manifestaram aprovação total ao pacote de arte proporcionado pelo FestCineamazônia.
 Ao final de toda a programação, era notória a satisfação do público expressada no rosto de cada um. Para a estudante Ana Kátia, 17, o Festival chega em boa hora. ‘Num momento em que se vê toda forma de violência, entre as pessoas e contra a natureza, é muito bom que vocês tragam esse ponto de reflexão. Eu confesso que aprendi outra forma de ver as pessoas e o meio ambiente, E essa palhaçada toda do Bicudo nos diz que é preciso rir e não perder a esperança’, desabafa.
Para o taxista Paulo César Vacaro, a mostra ‘representa a oportunidade de muitos jovens, quase sem opção de lazer, descobrirem que existem muitas formas saudáveis de se divertir, ao mesmo tempo em que se descobre também que precisamos saber lidar com a natureza’.
Já seu Raimundo Félix, 73, e há quase 50 em Nova Califórnia, aprova a iniciativa, mas se mostra um pouco entristecido por perceber que a boa intenção do Festival não sensibiliza a quem decide o destino do Planeta. ‘Eu não estou preocupado comigo nem com o senhor. Tenho pena é dessa gente nova, nossos filhos e netos, Aqui na nossa região, por exemplo, o clima vem se alterando a cada década. Este ano a seca deixou muitas famílias sem água pra beber. A coisa foi mais feia do que a seca de 2005. Não sei não, mas se não mudarem esse tal de manejo dos madeireiros, tudo vai virar ‘quiçassa’, porque eles têm vários meios de enganar a fiscalização, isso quando os próprios fiscais não são cúmplices da coisa’, avalia, dizendo que iniciativas como a do FestCineamazônia são fundamentais para criar novas consciências. ‘Sou analfabeto, mas presto atenção nas coisas. Acho que dinheiro é muito bom, mas é preciso ter limites, senão a gente acaba esquecendo as pessoas. Meu pai era marinheiro/ Minha mãe Mariola/ Meu pai não teve dinheiro pra me botar na escola/ Mas aprendi soletrar jaca, manga e graviola’, conclui.
 Na terça-feira, 7, foi a vez de Extrema receber a itinerância do Festival; e nesta-feira, 8, serão os moradores de Vista Alegre do Abunã a prestigiarem o pacote cultural.
 O FestCineamazônia itinerante 2010 é apresentado pela Oi, tem o patrocínio da Petrobras e BNDES, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, apoio cultural Oi Futuro, Governo de Rondônia através da Secel, Prefeitura de Porto Velho, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Fundação Iaripuna.

 

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