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Dona Raimunda chegou em Iñapari ainda adolescente. Desde então adotou a cidade peruana como lar. No Peru, enfrentou a fome, a pobreza e as dificuldades impostas pela floresta para sobreviver na fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia.

Dona Rosaura é uma das precursoras do município de Capixaba, no Acre. Foi ela uma das primeiras professoras da região e uma das responsáveis estabelecer a primeira escola da cidade, tornando possível o futuro desenvolvimento de Capixaba.

O cearense Biro-Biro adotou Nova Califórnia como lar em 1986 e viu o distrito crescer através do corte ilegal de madeira. Responsável por tentar mudar a realidade do vilarejo, trabalho pelo qual recebeu diversas ameaças. É hoje um dos principais articuladores dos pequenos trabalhadores da região.

Seu Walderi resume a história de Extrema, distrito de Porto Velho (RO). Cearense, se mudou para Rondônia junto com a família para trabalhar nos seringais. Encontrou uma realidade ainda mais dura, enfrentando uma floresta praticamente inabitada, a crueldade dos patrões e a violência de uma Amazônia sei lei.

Seu José Loeblein chegou em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho, em busca de um pedaço de terra para recomeçar. Encontrou poucos recursos e muitas dificuldades para sobreviver. Mesmo assim, lutou para ter o seu pedaço de chão onde hoje planta frutas e verduras sem agrotóxico para os mercados locais.

Dona Vitória literalmente deu a vida para o vilarejo de Fortaleza de Abunã, em Porto Velho. Foi durante anos uma das parteiras da região. Sem cobrar nada, diz já ter visto mais de mil crianças nascerem por suas mãos.

Ex-militar, Seu Mota participou da abertura da floresta no distrito de Abunã, em Porto Velho. Salvou centenas de pessoas trabalhando como enfermeiro na região. Foi parteiro, juiz, médico e conselheiro. Nada disso impediu que vivesse de perto a violência que a região pode proporcionar.