REMANSO-BOLÍVIA CASA CHEIA DURANTE AS APRESETAÇÕES DO FESTCINEAMAZONIA.

Faltou pouco para que os 500 moradores do distrito boliviano de Remanso comparecessem em totalidade à apresentação do Festival de Artes Integradas-Festcineamazonia Itinerante. A noite com música, circo, poesia e cinema em Remanso foi a de maior público proporcional desde o início da itinerância pelo Vale do Guaporé.

Remanso foi a última comunidade boliviana coberta pelo festival na expedição cultural pelo Vale do Guaporé. Antes dela, o festival havia feito apresentações em Guayaramerin, Buena Vista, Versalles e Mateguá.

O telão foi montado em frente ao rio Itenes, como os bolivianos chamam o rio Guaporé. Um imenso descampado com pasto para cavalos e um campo de futebol é o portão de entrada da localidade, que tem ainda uma guarnição das forças armadas bolivianas.

A ventania fria obrigou os moradores a chegarem bem agasalhados ao local. Na abertura, o prefeito de Remanso, distrito que faz parte do estado de Beni, agradeceu a presença da equipe do Festcineamazonia. “Estamos profundamente encantados com a chegada do Festcineamazonia trazendo cultura para todos nós”, disse Nelson Herrera Ribeira.

Influenciada por um garimpo a 40 km do centro da localidade, Remanso é uma cidade que sofre também a influência do comércio da castanha feito por comunidades próximas como Mateguá. Há uma presença intensa de crianças e adolescentes entre os moradores. A população jovem tem dificuldade para encontrar ocupação, já que há poucos postos de trabalho.

Remanso marcou a penúltima apresentação da expedição do Festival de Artes Integradas-Festcineamazonia pelo Vale do Guaporé em 2013. Foram 13 localidades brasileiras e bolivianas alcançadas pela equipe. “Tem sido muito marcante tudo isso”, diz o palhaço argentino Martin Martinez. “Ficamos envolvidos com a percepção de outro tempo, diferente do nosso. Será algo que certamente vai influenciar alguns trabalhos futuros meus”, complementou o escritor português José Luís Peixoto.

“Em termos de público foi muito bom e já se sente uma maior conexão entre cada artista e de cada artista consigo próprio”, avaliou o documentarista português Ricardo de Almeida, 46 anos. Almeida acompanha a expedição para fazer um documentário sobre o escritor José Luís Peixoto. “Sente-se também um cansaço físico natural, que obriga os artistas a se esforçar mais para obter um bom rendimento”, diz ele.

O Festival de Artes Integradas – Festcineamazônia Itinerante 2013 tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal através da Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, apoio cultural da Santo Antônio Energia.

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