Oficina de pinhole consagra primórdios da fotografia no Cineamazônia
Texto: Ismael Machado e Michelle Maia
Fotos: Zeca Ribeiro
Edição: Lui Machado
O terceiro dia de programação do Cineamazônia Itinerante 2016 mostrou, de forma simples, mas efetiva, a importância do projeto como fomentador de uma cultura viva. Tudo isso foi sintetizado no momento em que a coordenadora Fernanda Kopanakis anunciou Bete Bulara, pedindo que ela falasse um pouco sobre a oficina de fotografia artesanal, baseada na técnica de pinhole.
Bete Bulara havia passado a manhã com oito adolescentes explorando os princípios básicos da fotografia. Explicou como a luz interfere e modifica completamente o objeto fotografado e como a fotografia se transformou em imagem de cinema. O processo de revelação da fotografia no laboratório montado no barco impressionou os estudantes.
A oficina alimentou sonhos. “Decidi fazer porque tenho um apreço enorme por fotografia. Tenho uma câmera digital pequena e não profissional. Já faz um tempo que gosto de tentar fotografar. Saio às vezes para fazer alguns experimentos quando a luz está bonita”, disse Fernanda Andrade, 15 anos.

Itinerância Vale do Guaporé
“Quero ter contato depois com a câmera profissional e saber um pouco o que fazer. Faço bastante foto com celular e tenho uma digital pequena também”, afirmou Laryce Coelho, 18 anos.
À noite, Bete Bulara entregou o resultado do experimento do Pinhole antes do início da sessão em Guajará-Mirim. “É sempre muito interessante. Fico feliz com o resultado”, disse Bete, com as fotos em preto e branco nas mãos. A maioria mostrava a paisagem da floresta que margeia o rio no município rondoniense.
A oficina serviu para aproximar pessoas de uma paixão. A fotografia. “Não fiz curso presencial porque não tem aqui em Guajará-Mirim, mas faço um curso pela internet e procuro sempre tutoriais também. Minha maior vontade é me especializar em fotografia ‘newborn’ (de bebês) porque estou com mais de oito meses de gravidez e só penso em bebês agora”, explicava Ana Clara, 17 anos.
Se o momento foi de alegria para Bete Bulara por ter iniciado as oficinas na itinerância, para Geisa Helena, a palhaça Chiquita, a noite não deixou de ser um certo alívio. Foi uma apresentação ‘na raça’, já que desde a manhã a artista circense havia ficado quase sem voz depois de uma noite consagradora em Iata. Mas o problema nas cordas vocais não impediu o espetáculo.

Itinerância Vale do Guaporé
Para os estudantes que participaram da oficina de fotografia, a comparação com as imagens n a tela eram inevitáveis. Principalmente durante a exibição do curta ‘A Culpa é do Neymar’, comédia de 11 minutos dirigida por João Ademir, que também já havia sido sensação no Cinefoot deste ano.
A noite em Guajará-Mirim marcou a penúltima apresentação antes de iniciar a expedição pelo rio Guaporé. Neste sábado, será feita a apresentação em Guaiarameryn.
Cineamazonia, 14a EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, através da SEMA.
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