Cafetal e Laranjeiras: arte e cultura nas duas margens do Guaporé
TEXTO: ISMAEL MACHADO
FOTOS: ZECA RIBEIRO
EDIÇÃO: LUI MACHADO
O posto militar de Cafetal, na Bolívia, faz parte da história recente do país. Foi nele que o atual presidente Evo Morales foi mantido preso em represália à sua atuação como liderança de agricultores ‘cocaleros’. Já como presidente, Morales determinou que todas as escolas ao longo do Rio Guaporé deveriam ser conectadas à internet. A escola de Cafetal, de estrutura simples, mas com energia elétrica advinda de placas solares, não foge à regra. Foi nessa localidade com muita poeira e sol escaldante durante o dia que o Cineamazônia Itinerante realizou a antepenúltima apresentação dessa segunda etapa de itinerância.
Na noite anterior, houve uma apresentação especial em Laranjeiras, em uma pequena fazenda da família Casara. A exibição, embora para poucas pessoas, marcou o registro oficial de fotos e vídeos da itinerância ao longo do Guaporé.
Em Cafetal, ocorreu um dos maiores públicos até então da caravana cultural. Isso porque, além da platéia formada por moradores de Cafetal, houve o reforço de cerca de 40 soldados que, à paisana, aproveitaram a folga do sábado, 30 de julho, para prestigiar o cinema e o circo.
A equipe do Cineamazônia foi recepcionada pelo alcaide Dabi Camacho, principal autoridade política em Cafetal. “Estamos gratos por trazerem o humor e a cultura que sempre caracterizaram esse projeto”, disse. É a terceira vez que Cafetal recebe a itinerância do Cineamazônia.
Foram exibidos oito curta-metragens. Nas primeiras fileiras, as crianças eram as mais atentas. Os curtas Espero (Hope) e The Change, foram os que arrancaram aplausos do público. A noite foi encerrada com a apresentação de Chiquita e Cotonete, com o espetáculo ‘Olha o palhaço no meio da rua’.
Depois de Cafetal, são as localidades de Remanso, na Bolívia e Pimenteiras em Rondônia, que encerrarão a segunda etapa da itinerância, iniciada no dia 13 de julho.
Cineamazonia, 14a EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, através da SEMA
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