KANINDE DENUNCIA AO MPF INVASÃO NA TERRA INDÍGENA URU-EU WAU-WAU  NA ÁREA DE SOBREPOSIÇÃO DO PARQUE NACIONAL PACAAS NOVOS

KANINDE DENUNCIA AO MPF INVASÃO NA TERRA INDÍGENA URU-EU WAU-WAU NA ÁREA DE SOBREPOSIÇÃO DO PARQUE NACIONAL PACAAS NOVOS

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A invasão foi denunciada pelos indígenas e moradores da região que perceberam o aumento da movimentação em vários pontos na estrada que dá acesso a aldeia Alto Jamari dos indígenas da etnia Jupaú  / Uru-Eu-Wau-Wau. Invasores estão demarcando lotes no sopé da serra Pacaás Novos, uma das principais do Estado. A serra fica dentro do Parque Nacional Pacaás Novos em sobreposição Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau que abrange ao todo nove municípios da região do Estado.

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“São duas Áreas Protegidas sobrepostas justamente pela grande importância daquela região que reúne as nascentes dos principais rios do Estado entre eles o rio Candeias que é um dos afluentes do rio Madeira”, explica Ivaneide Bandeira, uma das fundadoras da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Ela esteve na área, que fica localizada na região de Campo Novo recentemente para verificar a denuncia das lideranças indígenas que tem se sentido ameaçadas pelos invasores. “A Terra Indigena está totalmente cercada por fazendas e se estão invadindo é porque tem a autorização dos donos dessas terras”, alertou Neidinha como é mais conhecida. As imagens de satélite mostram bem a pressão sofrida tanto pela Terra Indígena quanto pelo Parque Nacional Pacaás Novos. Os indígenas e a Kanindé já alertaram os órgão competentes como a FUNAI e o Icmbio, que esteve no local e disse não tem encontrado vestígios de invasores.

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Uma foto tirada no local mais próximo onde é possível chegar pode-se ver um grande carreador já dentro da área da TI Uru-Eu-Wau-Wau, mas o acesso ao local é restrito por porteiras de fazendas trancadas com cadeado. Informações colhidas na região dão conta de que existem pelo menos 47 lotes sendo comercializados nessa região conhecida como terra roxa e que os responsáveis por trazer os invasores até o local são grandes empresários e fazendeiros da região. O material colhido pela Kaninde no local vai embasar uma nova denuncia no Ministério Público Federal para que seja tomada providência para proteger tanto os indígenas que estão se sentido ameaçados quanto o meio ambiente.

 

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Fonte: Kanindé

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