Conheça os oito média e longa metragens finalistas do Festival Cineamazônia
A 15ª edição do Festival Cineamazônia começa nesta terça-feira (17) e para a alegria dos amantes da sétima arte, a organização do festival já divulgou as produções finalistas que concorrerão ao troféu Mapinguari na Mostra Competitiva que será realizada até o dia 20 no SESC Esplanada, com entrada gratuita.
A seleção não foi tarefa fácil. Ao todo 452 filmes foram enviados para a avaliação do festival, com representantes dos 24 estados do Brasil (e do Distrito Federal) e outros 17 países.
Todos passaram pela análise criteriosa do Cineamazônia para selecionar as melhores produções de curtas, médias e longas metragens. Entre eles, os oito finalistas que concorrerão ao troféu Mapinguari, no prêmio Melhor Longa Metragem Documentário deste ano.
Conheça um pouco mais sobre os oito documentários finalistas, sendo seis longas e dois médias, e marque na sua agenda.
Dia 17
Dedo na ferida (RJ) – 90 minutos
Classificação Livre
Dirigido e roteirizado por Silvio Tendler e produzido pela Calban Filmes, o longa foi o filme escolhido para ser exibido na abertura do Cineamazônia deste ano e conta com entrevistas de intelectuais, economistas e até mesmo do ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Sinopse: “Dedo na Ferida” trata do fim do estado de bem-estar social e da interrupção dos sonhos de uma vida melhor em um cenário onde a lógica homicida do capital financeiro inviabiliza a justiça social. Milhões de pessoas peregrinam enquanto o capital só aspira a concentração da riqueza em poucas mãos.
Dia 18
Belo Monte: um mundo onde tudo é possível (Brasil/França) – 70 minutos
Classificação 12 anos
Dirigido e roteirizado pelo diretor, roteirista e diretor de arte Alexandre Bouchet e produzido pela Indiana Produções.
Sinopse: uma barragem com a missão de produzir uma parte da energia que o país necessita, localizada na fronteira de uma das maiores terras indígenas do Planeta que inundou o coração da Amazônia e grande parte da cidade de Altamira, no Pará. Belo Monte, uma gigante muralha de cimento que parou o curso do rio Xingu.
Contagem Regressiva (RJ) – 93 minutos
Classificação Livre
Roteirizado e dirigido por Luis Carlos de Alencar e produzido pela Couro de Rato e Justiça Global, o longa foi vencedor do Prêmio Rio WF de 2016, como melhor documentário e melhor trilha sonora. E indicado ao prêmio de melhor roteiro não ficcional, da mesma edição do evento.
Sinopse: A cidade do Rio de Janeiro foi dilacerada pela realização dos megaeventos. Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, toda a já histórica tradição de violência de estado e terrorismo racial se intensificou na cidade maravilhosa.
Dia 19
Macoconi – As Raízes dos Nossos Filhos (Moçambique) – 35 minutos
Classificação Livre
A produção moçambicana é dirigida por Fábio Ribeiro e roteirizado por Ana Queiroz. Produzido pela Anima – Estúdio Criativo.
Sinopse: Com a segunda maior área de mangal de África, Moçambique assiste agora à extração insustentável dos seus recursos. Esta destruição começa a ter impacto no clima. E na subsistência das famílias que sempre usaram “pouco” do mangal.
Los Ojos del caminho (Peru) – 87 minutos
Classificação livre.
Filme peruano roteirizado e dirigido por Rodrigo Otero Heraud, vencedor do Prêmio Nacional de Produção de Longa Metragem do Ministério da Cultura, do Peru. Produzido pela Maja Tillmann Salas.
Sinopse: Los Ojos Del Camino é um filme poético que expressa os sentimentos da cultura Andina para à Mãe Terra e uma busca por um entendimento mais profundo da natureza como ser vivo, como um acompanhante eterno dos seres humanos. Hipólito, professor andino, aparece e desaparece através de diferentes geografia dos Andes.
Dia 20
Água Mole Pedra Dura (SP) – 68 minutos
Classificação Livre
Direção de James Lloyd e Flavia Angelico, com roteiro de James Lloyd, produzido pela Rapadura Produções.
Sinopse: Água Mole Pedra Dura é um apelo global a mudança de um paradigma e uma investigação profunda sobre a gestão de recursos hídricos em São Paulo. O filme testemunha a maior crise hídrica da história e discute os fatos com os especialistas.
Não só sereia ou faunos (PR) – 58 minutos
Classificação Livre
Roteirizado e dirigido pela jornalista e cineasta Sara Bonfim. Produzido pela Tu i Tam Filmes e Valentinna Filmes.
Sinopse: Tudo está presente na Natureza. Ela não conhece nem o passado, nem o futuro. Para ela, o presenteé infinito. Não só sereias ou faunos retrata a intensa jornada por esta lembrança de se sentir, na conexão com a Natureza, parte da própria eternidade.
A noite escura da alma (BA) – 92 minutos
Classificação 12 anos.
Roteirizado e dirigido por Henrique Dantas, o filme recebeu Prêmio Especial de Júri no FICIP (Festival Internacional de Cinema Político) e Prêmio Especial do Júrino Festival de Cinema de Vitória. Produzido pela Hamaca Produções Artísticas.
Sinopse: É um filme experimental, que aborda o período da ditadura militar ocorrida na Bahia e usa dalinguagem do documentário e da performance na construção da história. É um filme escuro, onde a grande maioria das entrevistas foi realizada em noturnas no Forte do Barbalho, maior centro de tortura do estado.
A 15ª edição do Cineamazônia tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual e da Lei Rouanet. Ainda tem o apoio cultural da Sejucel, Funcultural, Fecomércio e SESC Rondônia. O Cineamazônia é associado ao Fórum dos Festivais e membro do Green Film Network.
Texto: Lui Machado.
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