Cineamazônia Encontra Abrigo em Forte Príncipe Da Beira
Texto- Ismael Machado
Fotos- Zeca Ribeiro
Edição-Lui Machado
O Forte Príncipe da Beira é uma das edificações mais imponentes e intrigantes que o período colonial legou ao Brasil. Situado às margens do Rio Guaporé é repleto de histórias e lendas. Uma história não contada é a da própria construção do forte. A oficial diz que 200 trabalhadores erigiram a muralha de pedra. A não oficial revela que pelo menos mil escravos e 5 mil índios escravizados foram utilizados durante os sete anos que o forte levou para ficar pronto.
Durante a lua cheia da noite de 21 de julho, o Forte Príncipe da Beira recebeu a caravana cultural do Cineamazônia Itinerante. Como sempre, noite especial. Guarnecida por uma brigada de fronteira do Exército, as muralhas do forte foram o palco de oito filmes em curta-metragem e de uma apresentação marcante da Trupe Koskowisck. Os palhaços Cotonete e Chiquita tiveram de se desdobrar para conter o entusiasmo das crianças do local, que interagiam a todo momento.

Itinerância Vale do Guaporé
O local também recebeu as oficinas de fotografia artesanal ministrada por Bete Bullara e o filme em curta metragem de animação na técnica Pixilation, de Christian Ritse. Durante a tarde, a equipe do Amazon Sat conheceu uma das histórias intrigantes do Forte. Guiados pelo presidente da Associação Quilombola de Forte Príncipe da Beira, Elvis Pessoa, a equipe foi até um labirinto de pedras situado no meio da mata. Local que é cercado por lendas. Do labirinto, Elvis Pessoa já encontrou diversos artefatos, inclusive peças que remetem a colonizações incas.
O filme moçambicano The Change foi quem mais chamou a atenção do público durante a exibição. É um curta que mostra a dualidade entre um modo de vida mais sustentável com o de cidades que se tornam quase inabitáveis por conta de seu modo exploratório de vida.
As próximas paradas do Cineamazônia Itinerante são o distrito de Buena Vista, na Bolívia e o município de Costa Marques, em Rondônia.
Cineamazonia, 14ª EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, através da SEMA.
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